Íntegra da entrevista com David Garrett
Por João Luiz Vieira
O rapaz da foto é o clássico partidão. Literalmente. Entenda o caso: louro, 1,85 m, amante tanto dos bons concertos quanto das baladas, gosta de desfiles de moda, preocupa-se com a saúde, é bem-humorado e ainda toca um Stradivarius. Agora, a cereja: mora sozinho num dos cenários mais descolados de Nova York, o Hell's Kitchen. Alemão de 27 anos, David Garrett vem ao país tocar com a Orquestra Petrobras Sinfônica o "Concerto nº 1 para violino e orquestra, em ré maior, opus 19", de Sergei Prokofiev. O concerto acontece dia 13, no Municipal do Rio, a preços populares. Garrett, que acabou de lançar o sexto disco, "Free", falou à Marie Claire.
Por que tocar violino e não guitarra?
A verdade é que meu irmão _dois anos mais velho_ estava começando a aprender violino e eu quis imitá-lo. A princípio foi apenas isso, eu achava até meio chato. Mas logo depois, e estou falando de quando eu tinha seis, sete anos _eu me apaixonei inteiramente pela música. Nunca fiquei em dúvida sobre o que queria fazer da vida.
Acredita que ser bonito chama mais atenção para a música que faz?
Oh, Deus! (ri) Eu trabalho todos os dias da minha vida, vivo em Nova York e não penso muito nisso. Essa questão da aparência é secundária. Não é uma preocupação minha, é uma questão de marketing.
Sentiu preconceito no ambiente conservador da música clássica por ser um homem bonito, e que se veste de forma despojada?
Nunca. Acho que é muito importante para um público novo, jovem, que haja uma identificação e nesse caso a atitude e a aparência contam. Mas em relação aos músicos, regentes, nenhum tipo de preconceito.
Você toca um valioso violino Stradivarius. Que tipo de cuidados tem com ele? E pratica diariamente?
Estudo umas três horas por dia, às vezes mais, quando mergulho numa peça nova. Não tomo nenhum cuidado especial com meu violino, a não ser os básicos: bons arcos, manter na caixa.
Conhece música brasileira, desde a clássica até samba?
Incrivelmente não conheço a música clássica brasileira. Mas adoro a música popular brasileira e sul-americana em geral. Especialmente o samba e o tango, que adoro dançar.
O que pensa sobre o povo brasileiro?
Bom, estive no Rio e em São Paulo. O Rio é embriagante, uma beleza esmagadora, com gente relaxada e divertida. São Paulo é uma metrópole extraordinária, parece muito com Nova York, tem aquela noção de profissionalismo e uma noite poderosa. Não consegui ainda tirar férias no Brasil, mas um dia vou conseguir.
Está solteiro? Pensa em ter filhos?
Estou solteiro, sim. Filhos? Não me vejo como pai, pelo menos por enquanto. Viajo demais, sou muito negligente.
Se eu quisesse esbarrar com você, para onde iria?
Bem, eu vou muito a bons clubes. Estou na fase de ir ao Bungalow 8 [um dos mais badalados de Nova York, freqüentado por celebridades do primeiro time]. É lá que alguém pode me encontrar, se conseguir passar pela hostess. É um lugar que seleciona muito os freqüentadores.
Você cuida da fina estampa? É ligado em moda?
Eu só me preocupo com a minha saúde. Corro três vezes por semana, e nada mais. Sobre o mundo da moda, eu posso dizer que adoro freqüentar os desfiles. Nos últimos dois anos a minha agenda musical apertou demais _mas eu tento dar uma olhada sempre que posso.
Que músicas uma mulher precisa ter no iPod para atrair sua atenção?
A minha que eu toco [rindo muito]. Falando sério: tem de gostar de música em geral, ter uma mente e um coração abertos para qualquer gênero. Mas se conhecer um pouquinho do repertório de violino e também gostar de dançar, já ganhou muitos pontos.
http://revistamarieclaire.globo.com/Mar … 31,00.html
А фото упорно не грузится на оригинальной странице((
Отредактировано Лёна (23.07.2015 22:17)